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30 outubro 2010

Do Funk ao Batidão



Funk (também conhecido como soul funk ou funk de raíz) é um estilo bem característico da música negra norte-americana, desenvolvido a partir de meados dos anos 1960 por artistas como James Brown e por seus músicos, especialmente Maceo Parker eMelvin Parker, a partir de uma mistura de soul musicsoul jazzrock psicodélico e R&B.
Somente com as inovações de James Brown em meados dos anos 60 é que o funk passou a ser considerado um gênero distinto.
anteriormente associada com a música dos brancos - porém com uma forte  presença da seção de metais. Com isto, a batida 1:3  virou marca registrada do funk 'tradicional'. A gravação de Brown feita em 1965, de seu sucesso "Papa's Got a Brand New Bag" normalmente é considerada como a que lançou o gênero funk. Outros grupos de funk que surgiram nos anos 70 incluindo: B.T. ExpressThe Main IngredientThe CommodoresNesta época surgiu também algumas derivações do funk como o Electro que fazia grande uso de samplersCaixas de ritmos e sintetizadores. Tais ritmos se tornaram combustível para os movimentos Break e Hip Hop.
A soul music foi trazida ao Brasil por cantores como Gerson King Combo, que lançou em 1969 o disco Gerson Combo Brazilian Soul, com sucessos brasileiros como Asa Branca executados com a batida importada dos Estados Unidos. Tim Maia, Carlos Dafé e Tony Tornado também começaram a tocar sucessos do soul e adotaram a atitude e o estilo americanos do Black Power, fundando o movimento Black Rio. A grande musa da época era a paulistana Lady Zu.
Na década de 70 surgiram as primeiras equipes de som no Rio de Janeiro, como a Soul Grand Prix e a Furacão 2000, que organizavam bailes dançantes. Os primeiros bailes eram feitos com vitrolas hi-fi e as equipes foram, aos poucos, crescendo e comprando equipamentos melhores.
Foi em 1989 que a coisa toda explodiu. Com um empurrãozinho do antropólogo Hermano Vianna, o DJ Marlboro, que na época começava a se consagrar, produziu o primeiro disco de MCs cariocas – o Funk Brasil. Para Marlboro, criar seus próprios ídolos era a única forma que o funk tinha para quebrar a barreira do subúrbio e estourar no Brasil inteiro. Desde então, o funk construiu uma história polêmica e controversa.
O funk também serviu de pretexto para impulsionar carreiras políticas. Além disso, promoveu a violância, de um lado, e pregou a paz, de outro. Alguns bailes até chegaram a ser usados como canal pelo crime organizado. Foi investigando isso que o jornalista Tim Lopes, da Rede Globo, tornou-se vítima do narcotráfico, após ser descoberto em um baile funk.
Batidão narra inúmeros fatos, todos muito curiosos e interessantes. Revela um lado que poucos conhecem.
Visto sem a máscara do preconceito, esse “movimento” revela a imagem de um Brasil que a elite não está acostumada a ver. Porém, é um país vivido pela grande maioria: uma terra pobre, precário e carente, vítima do descaso. Um país constituído por aqueles que, bem ou mal, conseguem se unir por meio dessa musicalidade e se expressar através dela. Queira ou não, é um dos movimentos sociais mais fortes desse país.
Seja como for, quem sempre torceu o nariz para o funk carioca, pelo menos reconhecerá seu valor e impacto sócio-cultural.

Sobre o Autor:
Mari Sou aquela que tenta aproveitar ao máximo tudo que pode, e se entristece com coisas que julga errado. Uma menina bem nervosa, que briga pelos motivos certos, e sempre esta ao lado dos amigos, como diz ela é "parceira", e leva esse titulo com orgulho no coração. Se indigna com injustiças e odeia desavenças, acredita num mundo igual para todos, e realmente não liga pras pessoas que falam mal dela, pois sabe que no fundo, as pessoas queriam ser como ela.

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